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Tecnologia

Falha crítica no WhatsApp para Windows: saiba como se proteger

23 de abril de 2025

A descoberta de uma falha crítica no WhatsApp para Windows colocou a segurança digital de volta aos holofotes. A vulnerabilidade, identificada como CVE-2025-30401, pode permitir que hackers executem códigos maliciosos remotamente por meio de anexos aparentemente inofensivos. 

O caso reforça um alerta já conhecido, mas frequentemente ignorado: nenhum aplicativo está imune a ataques cibernéticos, por mais popular ou confiável que pareça.  

O que é a falha CVE-2025-30401? 

A vulnerabilidade foi classificada como uma falha de spoofing e afeta todas as versões do WhatsApp Desktop para Windows anteriores à 2.2450.6.  

O problema está na forma como o aplicativo interpretava os anexos recebidos: enquanto a interface exibia o tipo de conteúdo com base no cabeçalho MIME (tipo real do arquivo), o programa utilizava a extensão do nome do arquivo para decidir qual aplicativo deveria ser usado para abri-lo. 

Esse descompasso permitia que um atacante camuflasse um arquivo malicioso (por exemplo, um script executável) como se fosse uma imagem ou um documento PDF. Então, se o usuário abrisse o anexo, o código malicioso era executado sem qualquer alerta. 

Como funciona o ataque? 

A fim de ilustrar, imagine que você recebe um arquivo chamado currículo.pdf, enviado por um contato ou grupo no WhatsApp Desktop. O nome e o ícone indicam que é um PDF. No entanto, por trás da interface, trata-se de um executável malicioso com extensão .exe disfarçada. Quando você clica para abrir, o sistema roda um código invisível que pode instalar um spyware, sequestrar dados ou criar uma brecha para novos ataques. 

Igualmente, em ambientes corporativos, um ataque como esse pode comprometer servidores inteiros, sistemas de gestão e dados confidenciais de clientes e parceiros. 

O que diz a Meta? 

Sobretudo, a Meta reconheceu a falha e lançou rapidamente uma atualização para o WhatsApp Desktop. Segundo o comunicado oficial: 

“Uma incompatibilidade maliciosamente criada poderia levar o destinatário a executar inadvertidamente um código arbitrário ao abrir o anexo dentro do WhatsApp para Windows. Essa falha foi relatada por um pesquisador externo por meio do programa Bug Bounty.” 

Contudo, até o momento, a empresa não confirmou se a vulnerabilidade foi explorada em ataques reais. No entanto, o histórico da plataforma com exploits semelhantes mostra que não se trata de um risco teórico. 

Incidentes anteriores no WhatsApp 

Ademais, o WhatsApp é um dos aplicativos de mensagens mais utilizados no mundo, com mais de 2 bilhões de usuários ativos. Isso o torna um alvo frequente de hackers e grupos especializados em espionagem digital. 

Nos últimos anos, a plataforma enfrentou uma série de vulnerabilidades: 

  • Em julho de 2024, uma falha permitia a execução de arquivos .py e .php com apenas um clique, em sistemas com esses interpretadores instalados. 
  • Em dezembro de 2024, o spyware Pegasus, do NSO Group, foi utilizado para espionar mais de 1.400 usuários ao explorar falhas do WhatsApp, inclusive em jornalistas e ativistas. 
  • Em janeiro de 2025, cerca de 90 usuários em mais de 20 países receberam alertas sobre tentativas de ataques via exploit de clique zero, que não exigem nenhuma ação do usuário. 

Esses casos mostram que o WhatsApp já foi, sim, explorado com sucesso por grupos com objetivos maliciosos desde roubo de informações até espionagem política e corporativa.  

Como se proteger? 

Recomendação Detalhes 
Atualize o WhatsApp imediatamente Verifique se você está usando a versão 2.2450.6 ou superior. A atualização elimina a falha. 
Desconfie de anexos, mesmo de contatos conhecidos Hackers podem se passar por colegas, usando engenharia social para induzir o clique. 
Utilize soluções avançadas de proteção de endpoint Ferramentas com análise comportamental detectam ameaças em tempo real, antes da execução. 
Implemente políticas de segurança na empresa Defina diretrizes claras sobre o uso de aplicativos pessoais e corporativos em estações de trabalho. 
Eduque seus colaboradores A conscientização é a primeira linha de defesa. Treinamentos simples evitam grandes prejuízos. 
Mantenha backups automatizados e seguros Em caso de ataque, restaurar os dados rapidamente é essencial para manter a operação. 

Dados de cibersegurança que reforçam o alerta 

De acordo com o Relatório de Ameaças da Check Point de 2025, uma em cada três empresas brasileiras sofreu ao menos uma tentativa de ataque por engenharia social. Isso inclui ataques por e-mail, aplicativos de mensagens e redes sociais. 

Além disso, o relatório Cost of a Data Breach da IBM apontou que o custo médio de uma violação de dados no Brasil já ultrapassa os 6,7 milhões de reais. Entre os principais vetores de ataque, estão os aplicativos de comunicação corporativa, como o WhatsApp. 

Bem como, outro dado preocupante é o WhatsApp está presente em 89% dos dispositivos móveis utilizados por profissionais na América Latina. Esse uso massivo, combinado com falta de políticas de segurança, cria o cenário ideal para exploração de falhas como a CVE-2025-30401. 

A segurança começa com a informação 

A descoberta dessa nova vulnerabilidade no WhatsApp serve como um lembrete claro: a segurança digital é uma responsabilidade contínua. Manter sistemas atualizados, aplicar boas práticas e investir em soluções de proteção deve ser prioridade para qualquer organização que valoriza seus dados. 

Na Box Tecnologia, ajudamos empresas a se protegerem de ameaças como essa por meio de monitoramento proativo, proteção de endpoints, backup automatizado e consultoria especializada em segurança cibernética. 

Se você utiliza o WhatsApp Desktop em sua operação, não adie a atualização. E mais importante: repense a forma como a segurança é tratada na sua empresa. A prevenção é sempre mais barata do que a recuperação.  

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