
Quando falamos de segurança da informação, sempre discutimos o papel do fator humano, considerando-o uma relação vulnerável e fraca em comparação ao fator tecnológico. No entanto, será que essa afirmativa é realmente correta?
A fim de considerar essa afirmativa precipitada, devemos analisar o papel do fator humano na estrutura de segurança cibernética de forma crítica.
Embora existam diversos autores e profissionais na área de TI que rotulem o fator humano como um elo fraco, ainda assim podemos dizer que essa percepção é incompleta.
Análise do fator humano
O fator humano não pode ser considerado simplesmente como um elo fraco devido a várias razões, vamos listar algumas delas:
- Complexidade Humana: O ser humano é uma entidade complexa que incorpora uma variedade de características, incluindo aceitação de erros, padrões éticos e formações de caráter únicas.
- Influência ativa: O ser humano é um agente ativo no cenário da segurança da informação. Ao invés de ser passivo e frágil, ele pode desempenhar um papel significativo, tanto positiva quanto negativamente.
- Ações humanas: Diferentemente dos ataques automatizados, as ações humanas tendem a ser mais complexas, pois a intenção por trás podem ser obscuras, fazendo-se necessário a interpretação humana.
- Vetor de ataque: Por outro lado, um grande ponto de preocupação não é a possibilidade de erro humano, mas sim o potencial do ser humano se tornar um vetor de ataque. Isso inclui ações omissivas, como inação diante de responsabilidades, e ações comissivas, como a realização de ações prejudiciais por indivíduos mal-intencionados.
Diante disto, não podemos afirmar concretamente que o ser humano é um fator fraco. Essa questão está muito além de fragilidade, está mais ligada a negligências e preocupações.
Afinal, é comum vermos em uma estrutura de segurança, a negação do erro e, lamentavelmente, a tendência de persistir no erro, agravando ainda mais os danos provocados.
Fator humano como vetor de ataque
Inegavelmente, a maior preocupação no fator humano vem do vetor de ataque. Indivíduos insatisfeitos, ex-colaboradores ou até mesmo fornecedores externos com acesso podem deliberadamente comprometer a integridade dos dados.
E isso pode ocorrer por diversos motivos, como ganho pessoal, busca por vingança ou a favor de terceiros. Esses agentes com intenções maliciosas podem executar uma ampla gama de atividades prejudiciais, desde roubo de informações até introdução de malware ou sabotagem no sistema.
O que pode ser muito difícil de detectar, já que se aproveitam da confiança depositada em suas posições e exploram as vulnerabilidades para causar danos consideráveis.
Embora as ameaças externas sejam mais comuns e atraiam mais atenção, os ataques internos, sejam maliciosos ou resultado de negligência, podem ser mais caros e muito mais perigosos.
Consciência humana
Embora, se discuta muito sobre os ataques cibernéticos e o papel do homem. A verdade é que muitos dos incidentes origina-se da falta de conscientização, concordância ou descuido das pessoas com a estrutura organizacional da segurança da informação.
Repensar o papel do fator humano na segurança da informação provoca reconhecer não somente suas fraquezas, mas também sua influência como agente ativo no canário da cibersegurança.
Somente ao adotarmos uma abordagem abrangente que reconheça o fator humano não como um elo fraco, mas como um componente dinâmico e imprevisível, poderemos efetivamente reforçar os fundamentos da segurança da informação no cenário digital em contínua transformação.
Reorganização da estrutura da segurança da informação
Visto que o fator humano não deve ser considerado como um elo fraco, é preciso repensar a estrutura da organização cibernética. E para isso, é imperativo considerar uma abordagem holística, que leve em conta tanto o fator humano quanto o fator tecnológico.
Deste modo é imprescindível implementar programas de treinamento em conscientização de segurança da informação e análise de tendências de ameaças as organizações. Capacitando os colaboradores a reconhecer e mitigar potenciais riscos cibernéticos.
Além disso, a gestão de riscos de segurança da informação, deve incluir uma avaliação cuidadosa das interações entre pessoas, processos e tecnologias. Isso implica em desenvolver políticas e normativos que promovam uma cultura de segurança, além de garantir a conformidade com regulamentações e padrões do setor.
Ao mesmo tempo, a adoção de medidas tecnológicas, como soluções seguras e recuperação de desastres, complementa os esforços humanos na proteção dos dados das organizações. Portanto, constantemente deve ser adotada e atualizada.
A gestão eficaz de vulnerabilidades e a resposta rápida a incidentes de segurança são igualmente essenciais para manter a integridade e confidencialidade dos dados. Assim sendo, somente ao unir os aspectos de fator humano e fator tecnológico, as organizações podem construir uma defesa robusta contra as ameaças cibernéticas.
Por isso, muitas vezes é recomendável que a terceirização de TI seja adotada nas empresas. Mesmo que seja apenas para apoio aos gestores de TI dentro das organizações ou para o suporte total para a empresa por profissionais especializados.
Então, se você quer reorganizar a sua estrutura organizacional de segurança da informação e otimizar recursos, entre em contato com um profissional Box Tecnologia e garanta soluções de alta qualidade.