O servidor em nuvem é uma realidade consolidada em empresas de vários segmentos e portes. Existem vários estudos e previsões de mercado indicando que o uso de servidores e sistemas em nuvem será o padrão dominante até 2028. Segundo a Gartner mais de 90% das novas cargas de trabalho de TI serão nativamente na nuvem. 

Sendo assim, em uma janela de 3 anos a nuvem será o padrão, e aqueles negócios que não se adaptarem dentro desse tempo, estarão em desvantagem competitiva e atrasadas no mercado. 

Mas o que é um servidor em nuvem? 

A definição básica do servidor em nuvem é simples, é uma estrutura de processamento, armazenamento e gerenciamento de dados hospedada remotamente em data centers altamente protegidos, acessível via internet.  

Diferente do servidor físico, que depende de uma máquina instalada no ambiente da empresa, o servidor em nuvem opera por meio de plataformas especializadas que oferecem recursos sob demanda, pagamento por uso e acesso remoto seguro.  

Um servidor em nuvem não tem uma localização física única, pois ele é virtual e distribuído em data centers espalhados. Esses data centers seguem diversos padrões de segurança, empregando certificações rigorosas como ISO 27001 e os níveis Tier (I, II, III, IV) classificando a redundância e a confiabilidade da infraestrutura do data center.  

Além disso, soluções em nuvem oferecem controle total de acesso, histórico de alterações e rastreamento de ações. Isso facilita auditorias, conformidade e resposta a incidentes. 

Como funciona um servidor em nuvem? 

Os servidores em nuvem funcionam da mesma forma que os servidores físicos. Ele processa dados, armazena arquivos, executa aplicativos e sistemas. A grande diferença está na capacidade e liberdade. 

Como o servidor em nuvem não se limita a uma localização, ele pode ser acessado de qualquer lugar, via internet, e a capacidade pode ser ajustada conforme a necessidade da empresa, sem exigir compra ou manutenção de equipamentos físicos.  

Além disso, o gerenciamento é por meio de um painel ou plataforma, onde se pode: 

• Escolher o sistema operacional (Linux, Windows etc.) 

• Definir a quantidade de memória, CPU e espaço de armazenamento; 

• Configurar segurança, usuários e permissões; 

• Fazer backups automáticos e restauração; 

• Monitorar o desempenho em tempo real. 

Geralmente, o servidor físico fica limitado a infraestrutura existente ou a capacidade de computação, enquanto o em nuvem oferece uma capacidade ilimitada.  

Vantagens principais

Empresas que adotaram o servidor em nuvem relatam:

• Redução de custos com TI, ao eliminar gastos com equipamentos, energia e suporte local; 

• Aumento da produtividade, com acesso remoto seguro e rápido aos dados; 

• Maior segurança da informação, com backup automatizado, criptografia, controle de acesso e planos de recuperação de desastres; 

• Agilidade para escalar a estrutura, acompanhando o crescimento do negócio sem interrupções; 

• Conformidade com a LGPD, com controles robustos e rastreabilidade de acessos. 

Um exemplo prático dessa transição bem-sucedida vem da Cristalcopo, uma das maiores fabricantes de descartáveis de Santa Catarina, com reconhecimento em todo o país. A empresa decidiu migrar para a infraestrutura em nuvem da Box Tecnologia. O resultado foi acessibilidade de dados ágil e colaboração contínua, melhorando a eficiência operacional e permitindo maior agilidade em seus processos. 

Quais são os tipos de servidores em nuvem? 

Os servidores em nuvem podem ser classificados em diferentes tipos conforme o modelo de implantação, o nível de controle e o tipo de serviço prestado e também existem vários tipos de nuvem como (IssS), (SaaS) e (PaaS). Os principais tipos de servidores em nuvem se dividem em três: 

Público: É o tipo mais comum. A infraestrutura (hardware, software e recursos de rede) é compartilhada com outras empresas, mas cada ambiente é isolado e seguro.  

Privado: Toda a infraestrutura de nuvem é dedicada a uma única empresa, podendo ser hospedada internamente (on-premises) ou em data centers de terceiros. 

Híbrido: Combina a nuvem privada com a nuvem pública, permitindo que a empresa utilize o melhor dos dois mundos: segurança e escalabilidade. 

Por que tantas empresas ainda não estão na nuvem? 

A maioria das empresas que optaram pelo on-premise, são as de atividade de manufatura, geralmente localizadas em regiões afastadas dos grandes centros, onde a latência de internet é maior. 
 

Segundo o levantamento feito pela IDC, 39% dos entrevistados alegaram que a interferência na internet é o principal fator para preferirem o on-premise. Isso porque, mesmo que haja interrupção na internet, ainda será possível ter acesso e continuar as atividades offline.   

Além disso, muitos profissionais de TI ainda enxergam o gerenciamento da nuvem como mais complexo ou menos flexível no controle de acessos internos, o que gera resistência à mudança. 

Desafios enfrentados sem um servidor em nuvem 

Devido a limitação física, existem vários desafios que as empresas enfrentam sem um servidor em nuvem, como: 

1. Risco de falha ou perda de dados 

Falhas de hardware, picos de energia, desastres naturais ou até erros humanos colocam os dados da empresa em risco. Se não houver backup atualizado, a perda pode ser irreversível. 

2. Falta de escalabilidade 

Aumentar a capacidade de um servidor físico exige compra de novo hardware, tempo de instalação e interrupções. Na nuvem, isso leva minutos. 

3. Alto custo oculto 

Um servidor local consome energia, exige refrigeração, manutenção e atualizações constantes. Isso sem falar na mão de obra especializada para operar e monitorar o sistema. 

4. Vulnerabilidade à ciberameaças 

Soluções locais raramente têm o mesmo nível de proteção que data centers em nuvem. Isso deixa a rede mais vulnerável a ataques, vazamentos e sequestro de dados. 

Como escolher um servidor de nuvem correto? 

Escolher o tipo certo de servidor em nuvem depende dos requisitos de sua organização ou empresa, geralmente as etapas abaixo podem ser seguidas para a escolha: 

1. Quanto controle sua empresa precisa; 

2. Qual o nível de segurança e conformidade exigido; 

3. Como estão os processos atuais e o planejamento de crescimento; 

4. Se há sistemas legados ou demanda por escalabilidade rápida. 

O futuro chegou 

As tendências mostram que, em poucos anos, a nuvem será o padrão predominante em infraestrutura empresarial. Adiar a migração por receio ou apego ao modelo antigo pode colocar o negócio em desvantagem operacional, financeira e de segurança. 

Se sua empresa ainda depende de servidores físicos, o atraso pode não ser visível agora, mas certamente será sentido em um momento crítico. Atualize a sua infraestrutura e mantenha a continuidade do seu negócio.